Sem dúvidas, das sete fragrâncias lançadas por O Boticário, Devore foi a que teve maior expectativa por parte dos apaixonados por perfumes. Isso se deve ao fato de ele ser supostamente um remake do saudoso Egeo Choc. Não sei bem se supriu as expectativas de quem esperava algo achocolatado, pois ele passa longe disso, mas agradou bastante ao meu nariz e das pessoas ao meu redor.
Ao borrifá-lo em minha pele, sinto uma explosão de cerejas em calda com um toque gelado, que me faz pensar em bala Halls de cereja. Fiquei pensando em que nota poderia ter trazido esse aspecto e cheguei a conclusão de que se trata do tal acorde apimentado que a marca divulga dentre as notas.
Essa abertura dura cerca de uma hora com intensa projeção, dando lugar posteriormente a uma baunilha cremosa e ambarada, agora com projeção mediana. Esse coração da fragrância me fez lembrar logo de Gold Sugar, da marca Aquolina (resenha aqui) e isso ao mesmo tempo que me alegrou, meio que decepcionou, afinal já tenho o segundo.
Surpreendentemente, após cerca de quatro horas, a cereja aparece novamente e ao se misturar com a cremosidade da baunilha, remete a um flan com calda da fruta. Que delícia! Nessa etapa ele está rente à pele, mas ainda bastante perceptível e rendendo elogios de quem abraça ou chega mais perto. São mais cinco horas até ele dizer adeus por completo.
Confesso que Egeo Devore não é meu favorito dentre os sete, mas sem dúvidas é delicioso. Realmente a marca fez uma fragrância gustativa e que mesmo parecendo mais do mesmo, tem uma evolução legal e desempenho ótimo. Vale a pena conhecer!
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