quinta-feira, 23 de abril de 2015

Especial Guerlain - Resenhas: La Petite Robe Noire Eau de Toilette & La Petite Robe Noire Eau Fraiche


Após um bom tempo desde a última resenha, venho aqui para encerrar meu especial dedicado à casa Guerlain. A demora aconteceu pela correria diária e também pela espera da chegada de um dos resenhados de hoje. Minha escolha para o encerramento foi falar sobre dois perfumes da marca, vendidos no Brasil por um bom preço e que são alvos de dúvidas constantes nos grupos em que frequento no Facebook.


Lançado em 2012, La Petite Robe Noire Eau de Toilette veio como uma versão mais fresca do versátil vestidinho preto Guerlain. O DNA da fragrância que lhe deu origem é notado logo no primeiro segundo em que o borrifamos na pele, mas ao mesmo tempo ele mostra que não é apenas uma versão aguada.

As primeiras notas em evidência são o jasmim cercado por um campo gramado e verde, com a já tradicional cereja em caldas da linha surgindo aos poucos. Após alguns minutos, a cereja permanece bem evidente, mas agora ela é acompanhada por uma maçã verde levemente ácida e o toque verde/cítrico da flor de laranjeira. A rosa, que está listada nas notas de abertura da fragrância, eu sinto bem sutilmente apenas agora, mas bem menos perceptível que na versão EDP.

As notas de coração duram excelentes seis horas em que exalam bastante, recebendo inúmeros elogios. Entra então em destaque, agora mais rente à pele, seu fundo composto do terroso patchuli, adocicado por resquícios da cereja contrastando com um almíscar de aspecto limpo, confortável. Esse fundo ainda persiste por cerca de duas horas em minha pele, antes da fragrância se esvair de vez.

Sem dúvidas La Petite Robe Noire EDT é um grande benefício por um excelente custo, tanto para os amantes da versão EDP, quanto para aqueles que querem um bom perfume por um preço acessível.


Na minha visão, os diversos flankers que as grifes lançam para fragrâncias de sucesso são formas de fazer com que os apaixonados por elas queiram possuir a nova versão e, principalmente, atrair consumidores que por algum motivo não gostaram da versão tradicional. Esse segundo aspecto parece ser o principal por trás da criação de La Petite Robe Noire Eau Fraiche.

Ao ser borrifado na pele, sinto uma mistura de diversos cítricos (tangerina, limão siciliano e bergamota, para ser mais exato) e o toque cítrico/verde da flor de laranjeira com aquele fundo "limpo" trazido pelo almíscar. Essa abertura dura por cerca de uma hora em minha pele e mesmo após outras notas surgirem e se destacarem, ainda é percebida.

Uma das notas que surge junto ao coração da fragrância é a tradicional cereja em caldas (não listada oficialmente) percebida em toda a linha, sendo talvez a única lembrança realmente perceptível da mesma nessa versão. Essa cereja é bem sutil e encontra-se graciosamente misturada à amêndoas verdes.

Ao final de sua evolução sinto uma mistura diferenciada e agradável quando os cítricos/verdes da abertura, cereja e amêndoas verdes se vão e entram o pistache bem leve com amêndoas, agora mais doces, em junção com fava tonka, dando uma nuance mais gourmand e aquecido.

Com uma fixação de seis horas e projeção baixa em minha pele, La Petite Robe Noire Eau Fraiche faz jus à sua proposta, bem leve e sutil. Entretanto, acho que muito se perdeu da linha da qual leva o nome e, embora seja um perfume gracioso e que merece ser conhecido, poderia levar facilmente outro nome, para atrair ainda mais admiradores que preferem fugir dos pretinhos básicos Guerlain.






2 comentários:

  1. Oi Felipi! Adorei a resenha, conheço só o EDT e acho um ótimo custo/benefício! Curiosíssima nesse Fraiche!!!!! abços!

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  2. Amei. Meu verdinho está a caminho. Curiosa até o último fio de cabelo!

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