sábado, 1 de agosto de 2015

Especial Thierry Mugler - Resenha: Alien Eau De Toilette


Sempre falo e não me canso sobre a capacidade da casa Thierry Mugler em criar flankers que mantêm o DNA das fragrâncias-mãe, dando-lhes porém personalidade própria.

Lançado em 2009, Alien Eau De Toilette continua majestoso e encantador em sua simplicidade com nuances de riqueza e sofisticação.

Seu frasco segue o desenho de seu predecessor, com detalhes em dourado a menos e cor levemente mais clara, sem perder entretanto em sua maravilhosa apresentação.


Se para o Gabriel Villa, em sua resenha da versão EDP (clique aqui), este representava um passeio sob o sol em um mercado do Oriente, a versão EDT me remete a um majestoso jardim dos palácio sob a luz do luar.

Sua abertura é marcada por cítricos que nunca se pronunciam demais, mas trazem leveza, como a brisa levemente gélida que passa por entre as árvores de um pomar e se mistura ao perfume de jasmim desabrochando num jardim noturno.

Em contrapartida ao aspecto gelado, um provocante âmbar exala sensualidade, evocando amantes a passear por esse jardim que aguça sentidos e mexe com sensações.

Os passos em meio a noite trazem no ar o cheiro de madeira úmida, que dá o toque final de mistério a esse jardim palaciano.

Noite se vai e o dia amanhece, mas a fragrância do alienígena, com sua longevidade invejável, perdura exalando aos que te cercam e contando a eles sobre seu passeio por locais de outros mundos.

Embora sob nova perspectiva continua sendo um perfume exótico, que transcende nossa realidade e nos permite usar o olfato como transporte para novas experiências.